Leilões previstos até 2022 vão transformar a infraestrutura de São Paulo

Após vistoriar as obras que aumentam a segurança operacional na pista de pouso do Aeroporto de Congonhas (SP), na semana passada, o ministro Tarcísio Gomes de Freitas afirmou a jornalistas que o estado será beneficiado com as maiores concessões a serem realizadas pelo Governo Federal, por meio do Ministério da Infraestrutura (MInfra). Entre as chamadas joias da coroa das próximas rodadas de transferências de ativos à iniciativa privada destacam-se, além do próprio aeroporto, a Rodovia Presidente Dutra e o Porto de Santos.



O ministro destacou a publicação, nesta semana, do edital envolvendo as rodovias Dutra (BR-116/RJ/SP) e a Rio-Santos (BR-101/RJ/SP). “Será um leilão histórico, a maior concessão rodoviária da história do Brasil. Estamos falando em R$ 15 bilhões de investimento. Só na chegada em Guarulhos, tem mais de R$ 1 bilhão [em melhorias previstas]”, ressaltou.



Segundo detalhou o ministro, será uma via expressa e a primeira concessão a empregar o sistema free flow – passagem livre dos veículos sem necessidade de parada em pedágio. “Esse projeto prevê investimentos importantes no Vale do Paraíba, no Caminho dos Romeiros, perto de Aparecida do Norte; iluminação em led por toda a rodovia; subida e descida pro Rio de Janeiro em quatro faixas”, listou.



PORTO DE SANTOS – Também estão previstas, para o estado, concessões nos modais portuário e ferroviário. Conforme Tarcísio de Freitas, em novembro “será realizado o maior leilão de arrendamento portuário da história”, dos terminais STS08 e STS08-A do Porto de Santos. Ele também antecipou que o modelo da privatização do Porto de Santos está em fase final de elaboração, com previsão de consulta pública para outubro.



Assim, o leilão do Porto de Santos e do Porto de São Sebastião poderá ocorrer no início de 2022, assim como o do Aeroporto de Congonhas, a ser realizado na 7ª rodada de concessões aeroportuárias, prevista para o primeiro semestre do próximo ano. Ao todo, serão ofertados 16 aeroportos no total, divididos em três blocos, e com investimentos que passam de R$ 8 bilhões.



“Hoje ainda teremos uma série de reuniões com empresas interessadas em fazer investimentos e nas nossas concessões. A gente está preparando o calendário de leilões”, informou o titular da Infraestrutura.



NOS TRILHOS - Por fim, Tarcísio de Freitas destacou que setembro será o mês dedicado pelo ministério à expansão do transporte ferroviário. Serão realizados eventos, espera-se a definição sobre autorizações de ferrovias privadas, haverá assinatura do contrato de concessão da Ferrovia de Integração Oeste Leste (FIOL) e o início das obras na Centro-Oeste (Fico), seguidos de rodada de home shows no exterior. A ideia é que essas ações precedam a temporada de leilões de outubro/novembro.



“Devemos assinar em breve o contrato para fazer o People Move de Guarulhos, a ligação da última estação da CPTM, pegando os três terminais do Aeroporto de Guarulhos. Estamos iniciando os investimentos da Malha Paulista; R$ 6 bi para duplicar a capacidade de carga de 35 milhões de tonelada para 75 milhões de tonelada em 5 anos. Na sequência, vamos trabalhar na recepção ferroviária em Santos: mais R$ 2 bi em acesso ferroviário para dar automatismo ao porto e aumentar sua capacidade de operação”, enfatizou o ministro sobre os investimentos ferroviários no estado.



“Em setembro, mandaremos ao TCU [Tribunal de Contas da União] os estudos da renovação antecipada da MRS, passando a ter uma linha exclusiva para carga e aumentando a capacidade operacional, com quase R$ 2 bi de investimento. E, assim, deixa a porta aberta para o Trem Intercidades. Então, tem bastante coisa sendo feita para o estado de São Paulo”, concluiu.



Fonte: Ministério da Infraestrutura


Cadastre-se para receber nossa Newsletter

@
Estou ciente de que os dados fornecidos são exclusivamente para cadastro mencionado no formulário, para contato ou envio de newsletter. Após finalização, os dados serão armazenados pelo Sindetrap de forma segura, apenas com a finalidade de manter histórico de atividades realizadas e sem hipótese de transmissão a terceiros, conforme Lei Nº 13.709 - Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD)