IPCA registra alta em novembro. Etanol e gasolina são destaques

Segundo divulgação realizada pelo IBGE no dia 09 de dezembro de 2022, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentou aumento de 0,41% em novembro. Mesmo com o crescimento de preços no mês, o índice geral acumulado em 12 meses caiu de 6,47%, em outubro, para 5,90%, em novembro, indicando que a inflação em novembro de 2022 foi menor que no mesmo mês de 20211. As informações constam no Radar de Transporte da Confederação Nacional do Transporte (CNT).  

O IPCA do transporte também seguiu essa tendência; foi de 0,83% em novembro, porém com índice acumulado negativo (-0,93%). De fato, em novembro de 2021, o IPCA mensal foi de 3,35%, valor significativamente acima dos 0,83% de novembro de 2022. Por sua vez, o diesel mantém uma trajetória decrescente no acumulado em 12 meses desde julho de 2022, passando de 61,98%, em julho de 2022, para 25,06%, em novembro de 2022. As informações constam no Radar de Transporte da Confederação Nacional do Transporte (CNT) divulgado na terça-feira (13).  

Analisando a variação mensal do IPCA por grupo de bens e serviços, a maior variação ocorreu para Vestuário (+1,10%). O grupo Transporte ficou em segundo lugar, com aumento de 0,83%, seguido de Alimentação e Bebidas (+0,53%) e Habitação (+0,51%) (Gráfico 2A). Na composição do grupo Transporte, observou-se deflação para Transporte Público (-2,52%) e aumento para Veículo Próprio (+0,54%).

Os combustíveis foram o subgrupo com maior aumento de IPCA (+3,29%), principalmente em função do etanol (+7,57%) e gasolina (+2,99%). Cabe notar que esse aumento para a gasolina exerceu grande influência no IPCA geral, uma vez que ela tem um peso importante na cesta de consumo média do brasileiro, considerada para o cálculo do índice. O diesel apresentou aumento de 0,11% no mês, menor que a gasolina e o etanol, e o gás veicular foi o único combustível com queda de preço no período (-1,77%).

De fato, ao se analisar as séries de preços médios de revenda do óleo diesel (Gráfico 3A) e da gasolina levantadas pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), fica claro que esses combustíveis tiveram comportamentos diferentes nos últimos meses. O preço do diesel manteve-se praticamente estável desde setembro, próximo a R$ 6,5/litro. Já a gasolina aumentou gradativamente desde outubro, passando de uma média de R$ 4,8/litro, no começo de outubro, para R$ 5,0/litro, no começo de dezembro.

Ao se verificar o preço do diesel e gasolina na refinaria (tipo A) praticados pela Petrobras para distribuidores, percebe-se que não houve reajustes entre 1º/outubro e 1º/dezembro e que, no começo desse mês, o preço foi reduzido para ambos os combustíveis (Gráfico 4). Como não houve reajuste por parte da Petrobras, o aumento da gasolina ocorreu em outras etapas da cadeia produtiva, especialmente na revenda do produto pelos postos.

Fonte: CNT - Radar do Transporte (www.cnt.org.br)

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