CNT afirma que a requalificação de trabalhadores pode garantir futuro das empresas e a geração de empregos

O presidente da CNT (Confederação Nacional do Transporte), Vander Costa, afirmou, nesta terça-feira (7), em Genebra, na Suíça, que o mercado de trabalho mundial tem uma necessidade premente em qualificar e requalificar o trabalhador de modo a assegurar o futuro das empresas e, paralelamente, aumentar a empregabilidade. A declaração foi dada durante o seu discurso, na 110ª Conferência Internacional do Trabalho da OIT (Organização Internacional do Trabalho), que acontece até o próximo dia 11 de junho, na cidade suíça.



Vander Costa – que é o delegado da bancada de empregadores do Brasil da assembleia da OIT – ressaltou que a pandemia acelerou o uso de tecnologias e a digitalização dos negócios e que a adoção de novas soluções pelas empresas transformou tarefas, empregos e habilidades. “Isso impôs desafios e dificuldades, desde a reestruturação empresarial até a necessidade de mão de obra mais especializada”, disse.



O presidente da CNT enfatizou que um dos pilares da transformação digital são os recursos humanos, já que as pessoas representam variável crítica e indispensável nesse processo. Ele alertou, porém, que ainda há descompasso entre o ritmo de mudanças na economia e na sociedade e o ritmo das mudanças das pessoas.



“O Brasil tem mais de 11 milhões de desempregados. Logo, a atenção à educação profissionalizante e à aproximação entre governo, setor privado e sistemas que promovem a formação profissional deve ser uma pauta prioritária”, salientou Vander Costa, relembrando o papel estratégico do Sistema S, no Brasil, na preparação do trabalhador do futuro e no auxílio àqueles com dificuldades para acessar o mercado de trabalho formal. “Trata-se de um modelo exitoso, que pode servir de referência para outras nações.”



A importância de gestões voltadas para que sejam cada vez menores as ocorrências de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais também foi citada por Vander Costa, que ainda ressaltou a atuação dos empregadores brasileiros, junto aos poderes públicos, para avançar na modernização da agenda trabalhista no Brasil, visando um melhor ambiente de negócios.



Trabalho coordenado



Em sua fala, o presidente da CNT destacou que, mesmo ainda em um ambiente de crise, o Brasil, em 2021, abriu 2,7 milhões de postos de trabalho com carteira assinada. Foram 20,7 milhões de contratações contra 18 milhões de demissões no período. “Neste ano, já abrimos mais de 600 mil novas vagas. Há que se reconhecer que tal desempenho tem relação com a modernização da legislação trabalhista promovida há cinco anos em nosso país.”



Para encerrar seu discurso, Vander Costa conclamou governos, empregadores e trabalhadores a atuarem, de maneira coordenada, para a superação dos desafios da nova realidade do mercado e garantir condições dignas de trabalho. “Acreditamos que a união de esforços é que conduzirá a um futuro com mais oportunidades e qualidade de vida para os cidadãos de todo o mundo. É pelo que trabalhamos.”



Fonte:  Agência CNT Transporte Atual


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